Por que não tosar o cachorro no calor?

Por que não devo tosar o cachorro no calor?

Pode parecer estranho e sem sentido, mas nesse post vou te explicar o motivo de não tosar o cachorro nesse calor. (Esse post foi feito com base em informações verídicas retiradas da Médica veterinária Dermatologista Larissa Botoni, formada pela Latin American College, com sua permissão, e outros trabalhos científicos)

• O pelo é um isolante térmico : O ar quente ao passar pela camada de pelos perde calor e chega ao corpo mais fresco.
• Proteção solar: Os pelos protegem a pele dos raios ultravioleta, prevenindo queimaduras solares e outros danos causados pela exposição excessiva ao sol como o câncer de pele.
• Raças de pelagem dupla podem sofrer alopecia pós-tosa (podendo durar dias, meses ou anos)

Fisiologia e termorregulação

O cão, assim como todo o mamífero, é um animal homeotérmico, o que significa que é capaz de manter uma temperatura corporal constante. Ele possui formas diferentes das nossas para termorregulação:

A temperatura corporal é regulada pelo centro da termorregulação, que está situado na área pré-óptica do hipotálamo anterior.

Esta área possui um grande número de neurônios sensíveis a alterações térmicas que funcionam através de mecanismos de feedback negativo. O funcionamento destes mecanismos depende da existência de termorreceptores que detectam alterações na temperatura corporal, aumentando ou diminuindo a frequência de disparos, por parte do hipotálamo, em resposta ao calor ou ao frio, respectivamente, regulando assim o ganho e a dissipação de calor.

Os termorreceptores periféricos situam-se na pele e nas membranas mucosas, e os centrais situam-se no canal medular e em órgãos. Existem quatro mecanismos para a dissipação de calor através da pele: A irradiação, a convecção, a evaporação e a condução

• Irradiação: processo natural em que o corpo perde calor para o ambiente, quando este último se encontra a uma temperatura inferior.
• Convecção: a perda de calor ocorre através da movimentação de ar ou água pela superfície do animal.
• Evaporação: perda de vapor de água através do aparelho respiratório. Esta ocorre através da extensa superfície de membrana mucosa presente nos turbinados nasais, desempenhando um importante papel na dissipação do calor através do arfar. Também o aumento da produção de saliva aumenta a eficácia evaporativa através da língua e da mucosa oral. O arrefecimento evaporativo ocorre ainda através da transpiração; porém, no cão, é pouco eficaz, pois apresenta glândulas sudoríparas pouco desenvolvidas.
• Condução: transferência de calor para superfícies frias com as quais o animal contacta. Quando a temperatura ambiental é inferior à temperatura corporal, os mecanismos de irradiação e convecção permitem uma perda de calor corporal de até 70%, no cão e no gato

Alternativas à Tosa:

• Escovação Regular:
  • A escovação remove pelos mortos e soltos, permitindo que o ar circule melhor e ajudando na regulação da temperatura.
• Hidratação Adequada:
  • Garantir que o cão tenha acesso constante a água fresca e limpa é fundamental para evitar a desidratação e o superaquecimento.
• Ambiente Fresco:
  • Proporcionar sombra, ventilação e locais frescos para o cão descansar é essencial, especialmente em dias quentes.
• Passeios em Horários Adequados:
  • Evitar passeios durante as horas mais quentes do dia e optar por horários mais frescos, como o início da manhã ou o final da tarde.

Assista nosso vídeo de como amenizar o calor para seu pet!

Este post é apenas informativo e não tem a intenção de atacar banhistas e tosadores. O animal precisa ser tosado por um exemplo em casos de higiene, o ideal é consultar um médico veterinário para uma melhor avaliação e indicação do caso.